domingo, 1 de janeiro de 2012

Vênus

                                    Vênus:
                
     

Um planeta quente:
Segundo corpo celeste que mais brilha no crepúsculo depois da Lua,Vênus é similar à Terra em muitos aspectos.Ambos têm dimensões,massa e densidade aproximadas.As sondas especiais que lá chegaram,porém,mostraram que Vênus apresenta condições bem diferentes em relação à Terra.
Em Vênus não existe água,sua atmosfera é muito mais densa e carregada de gás carbônico e ali ocorre um efeito estufa permanente,a temperatura em sua superfície é mais alta dentre os planetas.O intenso brilho emitido no céu noturno fez com que Vênus fosse conhecido da maioria das civilizações.Não à toa o planeta também é conhecido como Estrela d'Alva,porque torna-se mais visível nas primeiras horas da manhã.



Estrutura interna

Sem dados sísmicos ou conhecimento do seu momento de inércia,existe pouca informação sobre a estrutura interna e a geoquímica de Vênus. Entretanto, a similaridade em tamanho e densidade entre Vênus e a Terra sugere que eles possuem uma estrutura interna similar:núcleo,manto e crota. O núcleo de Vênus é, como o da Terra, pelo menos parcialmente líquido, porque os dois planetas têm se resfriado mais ou menos na mesma taxa. O tamanho ligeiramente menor de Vênus sugere que as pressões são significativamente menores no seu interior do que na Terra. A principal diferença entre os dois planetas é a inexistência de placas tectônicas em Vênus, provavelmente devido à superfície e manto secos. Isto resulta em uma reduzida perda de calor pelo planeta, impedindo-o de se resfriar, e é a provável explicação para a falta de um campo magnético gerado internamente.

A descoberta:
Pouco mais foi descoberto sobre Vênus até o século XX. Seu disco quase sem acidentes não dava indícios de como sua superfície deveria ser, e somente com o desenvolvimento das observações por espectroscopia,radar e radiação ultravioleta é que mais dos seus segredos foram revelados. As primeiras observações por ultravioleta ocorreram nos anos 1920, quando Frank E. Ross descobriu que fotografias com UV revelavam consideráveis detalhes que estavam ausentes nas radiações visível e infravermelha. Ele sugeriu que isto se devia a uma baixa atmosfera amarela muito densa, com altas nuvens do tipo cirrus sobre ela.
Observações por espectroscopia nos anos 1900 deram as primeiras pistas sobre a rotação venusiana. Vesto Melvin Slipher tentou medir o efeito Doppler da luz por Vênus, mas descobriu que não podia detectar nenhuma rotação. Ele supôs que o planeta tinha um período de rotação muito mais longo do que se pensava anteriormente. Mais tarde, trabalhos na década de 1950 mostraram que a rotação era retrógrada. Observações de Vénus por radar ocorreram inicialmente na década de 1960 e forneceram as primeiras medidas do período de rotação que se aproximavam do valor atualmente conhecido.
A descoberta de Galileu que Vênus apresenta fases provou que o planeta orbita o Sol e não a Terra.Observações por radar na década de 1970 revelaram pela primeira vez detalhes da superfície venusiana. Pulsos de ondas de rádio foram emitidos para o planeta usando o rádio-telescópio de 300 m do Observatório de Arecibo e os ecos revelaram duas regiões altamente reflexivas, designadas regiões Alpha e Beta. As observações também revelaram uma região brilhante atribuída a montanhas, que foi chamada Maxwell Montes. Esses três acidentes são atualmente os únicos em Vênus que não têm nomes femininos.

Sua Exploração:
A primeira missão de uma sonda espacial robótica a Vénus, e a primeira para qualquer planeta, começou em 12 de fevereiro de 1961, com o lançamento da sonda Venera 1. A primeira nave do, quanto ao mais, altamente bem sucedido Programa Venera soviético, a Venera I foi lançada numa trajetória de impacto direto, mas o contato foi perdido após sete dias de missão, quando a sonda estava a cerca de dois milhões de quilômetros da Terra. Estima-se que ela tenha passado a 100 mil quilômetros de Vénus em meados de maio.
A exploração de Vênus pelos Estados Unidos também começou mal, com a perda da sonda Mariner 1 no lançamento. A missão subsequente Mariner 2 obteve maior sucesso e, depois de uma órbita de transferência de 109 dias, em 14 de dezembro de 1962 ela se tornou a primeira missão interplanetária com sucesso, passando a 34833 km da superfície de Vênus. Os seus radiômetros de microondas e infravermelho revelaram que, enquanto o topo das nuvens venusianas era frio, a superfície era extremamente quente – pelo menos 425 °C, finalmente descartando quaisquer esperanças de que o planeta poderia abrigar vida na superfície. A Mariner 2 também melhorou as estimativas da massa e da Unidade Astronômica, mas não foi capaz de detectar um campo magnético ou cinturão de radiação.

A sonda soviética Venera 3 chocou-se contra o solo de Vênus em 1 de março de 1966. Era o primeiro objeto fabricado pelo homem a entrar na atmosfera e atingir a superfície de outro planeta, embora o seu sistema de comunicação tenha falhado antes que fosse possível retornar qualquer dado do planeta. O encontro seguinte de Vénus com uma sonda não tripulada ocorreu em 18 de outubro de 1967, quando a Venera 4 entrou na atmosfera com sucesso e desenvolveu uma série de experimentos científicos. A Venera 4 mostrou que a temperatura na superfície era ainda maior do que a medida pela Mariner 2 – quase 500 °C, e que entre 90 e 95% da atmosfera eram dióxido de carbono. A atmosfera venusiana era consideravelmente mais densa do que os projetistas da Venera 4 tinham previsto, e a queda do paraquedas mais lenta do que o pretendido implicou que as suas baterias se esgotaram antes de a sonda atingir a superfície. Depois de retornar dados da descida por 93 minutos, a última leitura da pressão foi de 18 bar, a uma altitude de 24,96 km.
Outra sonda chegou a Vênus um dia depois, em 19 de outubro de 1967, quando a Mariner 5 realizou um sobrevoo a uma distância de menos de 4000 km sobre o topo das nuvens. A Mariner 5 foi originalmente construída como reserva da sonda Mariner 4 enviada a Marte, mas como esta missão foi bem sucedida, a outra sonda foi reprogramada para uma missão a Vénus. Um conjunto de instrumentos mais sensíveis do que aqueles da Mariner 2, em particular o seu experimento de rádio-ocultação, retornou dados sobre a composição, pressão e densidade da atmosfera venusiana.Os dados do conjunto Venera 4-Mariner 5 foram analisados por uma equipe combinada soviético-americana, em uma série de colóquios ao longo do ano seguinte, num exemplo inicial de cooperação espacial.
Armada com as lições e dados obtidos com a Venera 4, a União Soviética lançou as sondas gêmeas Venera 5 e 6, com cinco dias de diferença em janeiro de 1969; elas chegaram a Vênus com um dia de diferença, em 16 e 17 de maio daquele ano. As sondas foram reforçadas para melhorar a sua altitude de esmagamento para 25 bar e foram equipadas com paraquedas menores para permitir uma descida mais rápida. Como os modelos atmosféricos então considerados de Vênus sugeriam uma pressão na superfície entre 75 e 100 bar, não era esperado que elas sobrevivessem à superfície. Depois de retornar dados atmosféricos por um pouco mais de 50 minutos, ambas foram esmagadas a altitudes de aproximadamente 20 km, antes de chocarem-se com a superfície no lado escuro de Vênus.

VenusAnimation.ogg
Vênus gira em torno do seu eixo na direção oposta da maioria dos planetas do Sistema Solar.

A estrela d'Alva
Vênus é conhecido como Estrela d'Alva porque é visível no céu antes do nascer do Sol.Seu nome é uma homenagem à deusa romana do amor.
Na Antiguidade,diversos povos já conheciam Vênus.Vários registros que atestam a sua existência foram encontrados em antigos documentos babilônicos,chineses,egípcios,gregos e civilizações da América Central.Vênus é o planeta mais quente do sistema solar.Sua densa atmosfera,composta por 96% de dióxido de carbono e 3% de nitrogênio,provoca um intenso efeito estufa,o que dificulta a dissipação do calor,que chega a atingir temperaturas superiores a 400ºC.A pressão da sua superfície é aproximadamente 90 vezes maior do que a da Terra,o equivalente a mergulhar em um oceano a quase mil metros de profundidade.
O diâmetro de Vênus é muito similar ao da Terra:12.104 Km e 12.756 Km,respectivamente.A distância do Sol é de 108,2 milhões de quilômetros,em média.Vênus é o planeta mais próximo da Terra-em sua aproximação máxima,fica a 42 milhões de quilômetros de distância.Sua massa é 0,81 da massa terrestre.
A rotação de Vênus é atípica.Primeiro porque o planeta gira em torno de seu próprio eixo no sentido retrógrado e,segundo,porque a rotação é extremamente lenta:o dia venusiano equivale a 243 dias na Terra.Em Vênus,o dia é mais extenso do que o ano,que tem 224,7 dias.Seu eixo de rotação apresenta inclinação de apenas 3,4 graus,por isso praticamente não há diferenciação de clima entre os hemisférios.Vênus é inteiramente coberto por uma densa camada de nuvens compostas principalmente de gotículas de ácido sulfúrico.As nuvens concentram-se em uma distância de 45 a 70 Km de altitude e são responsáveis pelo brilho do planeta.O grosso invólucro gasoso foi,por muito tempo,um obstáculo para os cientistas observarem a superfície venusiana.
O uso de radiotelescópios e o envio de sondas espaciais forneceram informações que os observatórios terrestres não conseguiam obter.Na década de 1970,as missões norte-americanas,Mariner 10 e Pioneer-Venus,juntamente com as sondas soviéticas Venera,captaram imagens da atmosfera e da superfície do planeta.Mais recentemente,em 1990,a sonda Magellan mapeou a maior parte da sua superfície.
O relevo de Vênus é formado por amplas planícies onduladas e por extensos planaltos.Um deles é chamado de Terra Aphorodite-um gigantesco maciço montanhoso que se estende por quase 10 mil quilômetros na região equatorial.Já os Montes Maxwell chegam a ter mais de 10 mil quilômetros de altura.Há ainda crateras resultantes de impactos espaciais,fossas e fraturas.Pelo menos 85% da superfície é coberta de rocha de origem vulcânica,porém,apesar disso,não existem registros de atividades vulcânicas no planeta.


VÊNUS
Distância Média do Sol:108,2 milhões de Km
Diâmetro:12.104 Km
Variação de temperatura na superfície:de 75º C
Rotação:243 dias
Translação:224,7 dias
Satélites:Não tem


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