sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Meteoritos e vida na Terra: ''viemos'' deles?


Meteoro: efeito luminoso causado pelo atrito com o ar de partículas sólidas vindas do espaço sideral.Quando essas rochas (meteoroides) não são completamente desintegrados e chegam até a superfície,temos um meteorito.
Entendendo um pouco mais sobre os meteoritos:
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Introdução 
Recentemente diversas pesquisas estão relacionam a origem da vida na Terra com meteoritos.Não que tenha vindo de carona com meteoritos ''animais'' e ''pessoas'',mas junto a eles podem ter vindo elementos fundamentais (que talvez não existiam na Terra),e que são importantíssimos para a evolução da vida.
Vejamos alguns artigos publicados recentemente sobre o assunto:

A) Estudo diz que vida teria vindo de Marte
Um novo estudo apresentado pelo químico Steven Benner, do Instituto de Ciência e Tecnologia de Westheimer (EUA), em na Conferência de Goldschmidt, em Florença, na Itália; sugere que a vida na Terra pode ter tido suas origens descendentes de Marte,em poucas palavras,a vida teria surgido em Marte e chegado até nosso planeta. 
Você deve estar se perguntando: mas como a vida de Marte chegou até a Terra? Afinal,são planetas vizinhos mas estão bem distantes um do outro. A resposta é simples, pelos meteoritos marcianos. 
Sempre foi muito discutido a junção dos átomos, que formam os três componentes moleculares dos seres vivos (RNA,DNA e proteínas), pela primeira vez.
As moléculas não são as mais complexas que aparecem na natureza, ainda assim não se sabe como elas surgiram. Acredita-se que o RNA (ácido ribonucleico) foi o primeiro a surgir na Terra, há mais de três bilhões de anos.
Uma possibilidade para a formação do RNA a partir de átomos, como carbono, seria o uso de energia (calor ou luz). No entanto, isso produz apenas alcatrão.
Para criação do RNA, os átomos precisam ser alinhados de forma especial em superfícies cristalinas de minerais. Mas esses minerais teriam se dissolvido nos oceanos da Terra naquela época.
Benner diz que esses minerais eram abundantes em Marte. Ele sugere que a vida teria surgido primeiro em Marte, seguindo para a Terra em meteoritos.
Steven apresentou na conferência que os minerais de boro ajudam na criação de aros de carboidrato, gerando químicos que são posteriormente realinhados pelo molibdênio. Assim surge o RNA. O ambiente da Terra, nos primeiros anos do planeta, seria hostil aos minerais de boro e ao molibdênio.
"É apenas quando o molibdênio se torna altamente oxidado que ele é capaz de influenciar na formação da vida", diz Benner. "Esta forma de molibdênio não existira na Terra quando a vida surgiu, porque há três bilhões de anos a Terra tinha muito pouco oxigênio. Mas Marte tinha bastante."
Segundo ele, isso é "outro sinal que torna mais provável que a vida na Terra tenha chegado por um meteorito que veio de Marte, em vez de surgido no nosso planeta".

Outro fator que reforçaria a tese é o clima seco de Marte, mais propício para o surgimento de vida. "As evidências parecem estar indicando que somos todos marcianos, na verdade, e que a vida veio de Marte à Terra em uma rocha", disse Benner à BBC.
[Fonte G1]

O que os meteoritos de Marte nos dizem?
Marte é o mais provável dos outros planetas para ser um lar para vida. Água líquida e calor vulcânico estavam disponíveis para apoiar a vida, pelo menos no início da história de Marte. Na década de 1970 o Viking
analisou rochas de Marte e do solo, mas não conseguiu encontrar evidências de vida em Marte. Em 1996, uma equipe de cientistas JSC relataram a descoberta de possível vida fóssil no meteorito marciano ALH84001 [foto abaixo].


 Imagem
Sua prova incluiu minerais formados em baixa temperaturas que continham pequenas quantidades de orgânicos compostos, e óxido de minerais que possam ser biogênico, e minúsculas estruturas que se parecem com as bactérias da Terra em miniatura.Depois de três anos de intenso estudo e debate, com os novos dados que suportam ambos os lados, a questão ainda não está resolvida.O meteorito teve uma história tão complexa que nunca pôde fornecer uma resposta simples para a questão da vida em Marte.

B) Cientistas descobrem componentes básicos para vida em fragmentos de meteorito
A rocha espacial, que caiu na Califórnia em 2012, surpreendeu pesquisadores por sua composição
Editora Globo
O meteorito caído em Sutter Mill, na Califórnia, em abril de 2012, contém compostos orgânicos nunca antes vistos em rochas especiais. Cientistas da Universidade de Cornell descobriram moléculas orgânicas contendo oxigênio e enxofre, que são elementos básicos para a vida. Em outras palavras: a rocha espacial pode ter pistas sobre a formação da sopa primordial da qual surgiu a vida na Terra.
Acredita-se que o meteorito tenha se originado em um asteroide localizado entre Júpiter e Marte. Seus componentes orgânicos foram extraídos pelos cientistas com a ajuda de solventes que imitavam ventos hidrotermais da Terra - condições semelhantes às do início da vida no planeta. Com o tratamento, as rochas liberaram moléculas orgânicas que nunca foram detectadas em meteoritos similares.
A conclusão é que meteoritos podem ter liberado uma maior variedade de materiais orgânicos na Terra do que a ciência considerava até o momento.
[Fonte: Galileu]

C) Impacto de cometa pode criar ''bloco fundamental'' para vida 
Experimento no Reino Unido levou à formação de aminoácidos.

Autores sugerem que estudo pode dar pista sobre origem da vida na Terra.

Um time de cientistas do Imperial College de Londres, da Universidade de Kent e do Laboratório Nacional de Livermore, no Reino Unido, descobriram que, quando cometas de gelo colidem com um planeta, o choque pode produzir aminoácidos, compostos fundamentais para o surgimento da vida.
Quando um meteorito rochoso colide sobre uma superfície de gelo num planeta, o mesmo pode ocorrer, segundo os autores.
Eles sugerem que a descoberta pode ajudar a esclarecer como a vida começou na Terra, no período entre 4,5 bilhões e 3,8 bilhões de anos atrás.
De acordo com os pesquisadores, o estudo publicado na revista “Nature Geoscience” mostra que os “blocos básicos” para a formação de vida podem surgir em qualquer lugar do Sistema Solar, ou mesmo fora dele. A questão é que, para que os aminoácidos evoluam para a vida, são necessárias outras condições favoráveis que não estão disponíveis em qualquer lugar.
As luas de Encélado e Europa, que orbitam Saturno e Júpiter, respectivamente, são lugares ideais para a formação de aminoácidos se meteoritos caírem sobre sua superfície. 
O trabalho afirma que o impacto de um meteorito forma uma onda de choque que origina moléculas das quais, com a presença de calor (que a batida também fornece), surgem os aminoácidos. O efeito foi recriado com um lançador capaz de arremessar projéteis a 7,15 quilômetros por segundo (o equivalente a 25,7 mil km/h), instalado em Kent.