quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A base da terra firme

Introdução
A maneira como a Terra foi constituída favoreceu o desenvolvimento da vida,ao permitir que ela se expandisse pelos vários continentes.


Ainda hoje não conhecemos com riqueza de detalhes o interior da Terra e tudo o que sabe baseia-se no estudo das rochas.A maior perfuração feita pelo homem,em 1984,na antiga União Soviética,atingiu 12.023 metros de profundidade.
Ocupando cerca de 30% da superfície do planeta,a terra firme é resultante de dois grandes processos:o vulcanismo_pelo qual o magma e os gases são expelidos do centro da Terra,dando origem a ilhas vulcânicas,como Galápagos -e a tectônica das placas.
Confira nossos arquivos mais específicos mais abaixo:



Tectônica das placas
De acordo com essa teoria,a litosfera é formada por blocos rígidos e enormes de terra,que flutuam sobre uma camada de rochas semifundidas - o manto.Denominadas placas tectônicas,esses blocos movimentam-se sobre o manto como peças de quebra-cabeça.
A disposição das placas é o que determina a modelação do relevo dos oceanos e dos continentes.Como estão em constante movimento,elas integram entre si.O choque de uma contra a outra é a causa dos tremores de terra e das erupções vulcânicas.
Entre as placas ocorre o que se chama de processo de regeneração da litosfera,fundamental para a reciclagem das substâncias químicas que mantêm os níveis de gás carbônico na atmosfera.
Segundo cientistas,no início da formação terrestre todos os continentes atuais encontravam-se unidos num único supercontinente,chamado de Pangeia.O movimento das placas teria dado origem,há 200 milhões de anos,á separação dos territórios continentais.Com essa divisão,verificou-se uma significativa ampliação dos ecossistemas e da biodiversidade,o que aumentou as chances de proliferação e manutenção da vida na Terra.Ainda hoje os continentes estão se deslocando,em um processo conhecido como deriva dos continentes.


Três fronteiras
As placas podem apresentar três tipos de fronteiras.A primeira é a divergente,na qual uma nova crosta é formada enquanto as placas se afastam entre si,como se observa no distanciamento ocorrido entre Arábia Saudita e a África,que resultou na formação do Mar Vermelho.
Quando duas placas em movimento sobrepõem-se,ocasionando drástica alteração da crosta,temos a denominada fronteira convergente.O melhor exemplo é o encontro entre o oceano e o continente na America do Sul,que deu origem a Cordilheira dos Andes.
A fronteira transformante,por fim,é aquela em que as placas se deslocam horizontalmente sem que ocorra formação ou destruição da crosta.Exemplo desse fenômeno é a Falha de San Andres,na costa da Califórnia,que divide a região em duas partes.


Em 2011 no Japão um terremoto seguido de tsunami deixou diversos mortos e desaparecidos e desabrigados.O fenômeno ocorreu quando uma placa se encontrou com outra e ao mesmo tempo fez com que uma onda gigante surgisse.


O mapa mostra o planeta dividido em placas tectônicas que cada uma recebe um nome e tem uma tendência de movimento.


Atividade Vulcânica
As atividades vulcânicas ajudaram a esculpir o relevo durante a fase de formação da Terra.
Dessa época,restaram várias aberturas vulcânicas que permitem a saída de de magma do interior da terra para a superfície.A lava expelida dos vulcões pode alcançar uma temperatura de 800ºC e,dependendo da pressão interna,pode atingir centenas de metros de altura,além de lançar grande quantidade de fumaça.
Dezenas de vulcões mantêm-se ativos.Um deles é o Vesúvio,na Itália,que no ano de 79 d.C. devastou as cidades de Pompéia e Herculano.
A maioria das erupções,no entanto,ocorre no ''Cinturão de Fogo'',na região do Oceano Pacífico.A mais ocorrida até hoje foi a do Cracatoa,na Indonésia,em 1883.


    
Vulcão Cracatoa,na Indonésia.                       Vulcão Vesúvio,na Itália.


Vulcões:
Como funcionam os vulcões

Sempre que ocorre uma grande erupção vulcânica, jornais e noticiários cobrem o acontecimento enfatizando uma série de palavras: violento, enorme, impressionante. Diante de um vulcão em erupção, as pessoas compartilham sentimentos como o medo diante do poder de destruição da natureza.
Embora os cientistas tenham desvendado muitos mistérios a respeito dos vulcões, o conhecimento sobre eles não os tornou menos fascinantes. Neste artigo, veremos as poderosas e violentas forças que criam as erupções e analisaremos como elas constroem estruturas vulcânicas como as ilhas.
Quando as pessoas pensam em vulcões, a primeira imagem que vem à cabeça é provavelmente uma montanha alta com lava alaranjada sendo expelida. Certamente há vários tipos de vulcões assim. Mas o termo vulcãodescreve, na verdade, uma gama de fenômenos geológicos muito mais ampla.
Em geral, um vulcão é qualquer lugar onde uma certa quantidade de material é expelida de dentro do planeta para a superfície terrestre.










Foto cortesia da USGS
Lava pahoehoe (encordoada) escorrendo de um vulcão no Havaí
A primeira pergunta é: o que é exatamente esse material expelido? No nosso planeta é o magma ou rocha fundida. Para entender da onde ele vem, precisamos examinar a estrutura do planeta Terra.









Gráfico cortesia da USGS
A Terra é composta de várias camadas, divididas em três mega-camadas: onúcleo, o manto e a crosta.
  • Nós vivemos na crosta rígida que possui de 5 a 10 km de espessura sob os oceanos e de 32 a 70 km sob a terra. Isso pode parecer muito, mas, comparada ao resto do planeta, ela é bem fina como a casca de uma maçã.
  • Logo abaixo da crosta encontra-se o manto, a maior camada da Terra. Embora o manto seja extremamente quente, ele é primordialmente sólido, pois a pressão interna do planeta é tão grande que o material não derrete. Em circunstâncias especiais, contudo, o material derrete formando o magma que transborda pela crosta.
Em 1960, cientistas desenvolveram uma teoria revolucionária chamadaTeoria das placas tectônicas. Ela sustenta que a litosfera, camada de material rígido composta pela crosta e pela parte superior do manto, é dividida em sete grandes placas e algumas outras placas menores. Essas placas se movimentam vagarosamente sobre o manto, que está lubrificado por uma leve camada chamada astenosfera. A atividade nos limites entre algumas dessas placas é o catalisador básico para a produção do magma.













Gráfico cortesia da NASA
As linhas azuis demarcam os limites das placas, os triângulos vermelhos demarcam a atividade vulcânica e os pontos amarelos apontam os terremotos recentes
Onde diferentes placas se encontram, há uma interação. O modo como elas se deslocam umas em relação às outras estão associados diferentes tipos de fenômenos de superfície.
  • Se as placas se afastam umas das outras, uma cordilheira oceânica ou cordilheira continental é formada, dependendo de como elas se encontram (se no oceano ou na terra). À medida que as placas se separam, a parte sólida do manto, que se encontra na astenosfera, corre para esse vazio provocado por elas. Como a pressão não é elevada a esse nível, as rochas do manto se derretem, formando o magma. Conforme o magma sobe, ele se resfria formando uma nova crosta que preenche a lacuna deixada pela divergência das placas. Esse tipo de produção do magma é chamado vulcanismo central.
  • Quando duas placas colidem, uma pode ser empurrada para baixo da outra de modo a afundar no manto. Esse processo é chamado de subducção, que forma uma vala, um canal muito profundo geralmente no solo oceânico. À medida que a litosfera rígida faz força em direção ao manto quente e sob alta pressão, há um super aquecimento. Muitos cientistas acreditam que a camada da litosfera que afunda não pode derreter a essa profundidade, mas que o aquecimento e a pressão forçam a água (água da superfície e dos minerais hidratados) para fora das placas em direção à camada do manto que está acima. O acúmulo de água reduz o ponto de fusão das rochas provocando o derretimento das rochas dentro do magma. Esse tipo de produção do magma é chamado vulcanismo da zona de subducção.
  • Se as placas colidem e nenhuma delas fica embaixo da outra, a crosta irá apenas "enrugar", formando montanhas. Esse processo não dá origem a vulcões. As margens das placas desse tipo podem mais tarde se transformar em zonas de subducção.
  • Algumas placas se movimentam umas contra as outras ao invés de empurrá-las ou colidirem. Essas margens de placas dificilmente produzem atividade vulcânica.














Foto cortesia da USGS
Erupção do Monte Santa Helena no estado de Washington, em 1980
O magma também pode fazer força debaixo de uma placa da litosfera, embora isso seja menos comum que a produção de magma ao redor das margens das placas. Essa atividade vulcânica intraplaca é causada por um material atípico do manto quente que é formado na parte inferior do manto e levado para a sua parte superior. O material, que adquire a forma de uma pluma de 500 a 1.000 km de largura, emerge para criar um ponto quente debaixo de um determinado lugar da Terra. Devido ao aquecimento incomum desse material, ele se funde formando magma logo abaixo da crosta terrestre. O ponto quente é estacionário, mas à medida que as placas continentais deslizam, o magma cria uma cadeia de vulcões que desaparece assim que as placas passam do ponto quente. Os vulcões do Havaí foram criados por um desses pontos quentes que aparentam ter pelo menos 70 milhões de anos.
Então o que acontece com o magma formado por esses processos? Vimos que o magma produzido na cordilheira oceânica apenas forma um novo material crustoso, logo, não há produção de vulcões terrestres em erupção. Há poucas áreas de cordilheira continental onde o magma transborda pela terra, mas a maioria dos vulcões terrestres são produzidos pelo vulcanismo da zona de subducção e dos pontos quentes.
Quando uma rocha sólida se transforma em um material mais líquido, ela se torna menos densa que as rochas sólidas ao seu redor. Devido a essa diferença de densidade, o magma sobe com muita força (pela mesma razão que o hélio em um balão atravessa o ar mais denso que o cerca e o óleo fica suspenso na água). À medida que vai subindo, o intenso calor funde mais algumas rochas, acrescentando-as à mistura magmática.
O magma continua se movendo pela crosta, a menos que a pressão para subir seja excedida pela pressão exercida pelas rochas sólidas ao redor para descer. Neste ponto, o magma se acumula em câmaras magmáticas abaixo da superfície da Terra. Se a pressão do magma se eleva a um determinado nível ou uma cratera se abre na crosta, as rochas fundidas são extruídas e derramadas pela superfície terrestre.







Foto cortesia da USGS
Derramamento de lava do vulcão Kilauea, no Havaí
Se isso acontecer, o magma derretido (agora chamado de lava) forma um vulcão. A estrutura de um vulcão e a intensidade de sua erupção dependem de uma série de fatores, principalmente da composição do magma.

Magma em Erupção
O poder destrutivo dos vulcões varia bastante: alguns explodem de maneira violenta, destruindo tudo em um raio de 1,5 km em minutos questão de minutos: outros derramam lava tão devagar que se pode caminhar perto deles sem o menor problema. A severidade da erupção depende principalmente da composição do magma.






Foto cortesia da USGS
Gases expelidos pelo vulcão Kilauea, no Havaí
Por que o magma entra em erupção? A força de erupção vem geralmente da pressão dos gases internos. O material que origina o magma possui muitosgases liquefeitos que ficaram suspensos na solução magmática. Os gases são mantidos no estado liquefeito até que a pressão confinada das rochas seja maior que a pressão do vapor exercida pelo gás. Quando isso se altera e a pressão do vapor fica maior que a pressão exercida pelas rochas, os gases liquefeitos se expandem formando pequenas bolhas de gás, chamadas vesículas, no magma. Isso acontece se ocorrer uma das situações abaixo:
  • a pressão interna exercida pelas rochas diminui devido à descompressão do magma que emerge de um ponto de alta pressão para outro de baixa pressão;
  • a pressão do vapor aumenta devido ao resfriamento do magma, dando início ao processo de cristalização, o que faz aumentar o conteúdo de gás no magma.
Em ambos os casos, o magma é saturado de pequenas bolhas de gás que possuem uma densidade menor que a do magma e, por isso, fazem pressão para sair. O mesmo ocorre quando abrimos uma lata de refrigerante, especialmente se acabamos de sacudi-la. Quando descomprimimos o refrigerante (através da abertura da lata), as pequenas bolhas de gás são pressionadas para fora. Se sacudirmos antes a lata, as bolhas se misturam ao refrigerante e, ao saírem, levam consigo uma parte dele. Isso também acontece com os vulcões. Conforme as bolhas escapam, elas empurram o magma para fora, causando a erupção.







A natureza dessa erupção depende basicamente do conteúdo de gás e daviscosidade do material magmático. Viscosidade é a capacidade de resistir ao fluxo, é o oposto da fluidez. Se o magma possui uma alta viscosidade, significando uma forte resistência ao fluxo, as bolhas de gás escaparão com dificuldade levando mais material magmático consigo, causando uma erupção muito maior. Logo, se o magma possui uma viscosidade mais baixa, as bolhas de gás escaparão com mais facilidade e a lava não sairá de forma tão violenta.
Naturalmente, isso é contrabalançado com o gás. Se o magma contém mais bolhas de gás, a erupção será mais violenta e se o magma possui menos gás, a erupção será mais tranqüila. Ambos os fatores são determinados pela composição do magma. Geralmente, a viscosidade é determinada pela proporção de sílica no magma devido à reação do metal ao oxigênio, um elemento encontrado na maioria dos magmas. O conteúdo de gás varia dependendo do tipo de material fundido para formar o magma.
Geralmente, as maiores erupções explosivas resultam do magma que possui níveis elevados de gás e alta viscosidade, enquanto a maioria das erupções menos intensas resultam de magmas com baixo nível de gás e baixa viscosidade. Contudo, as erupções vulcânicas nem sempre se enquadram facilmente em uma categoria. A maioria delas ocorre em diversos estágios, variando o grau de destruição.
Se a viscosidade e a pressão gasosa são muito baixas, a lava se espalhará devagar pela superfície terrestre, quando o vulcão entrar em erupção, com uma explosão mínima. Apesar de essas lavas efusivas causarem danos consideráveis às estruturas da vida selvagem e àquelas criadas pelo homem, elas não oferecem perigo às pessoas, pois se movem lentamente. Há bastante tempo para sair do seu alcance.





Foto cortesia da USGS
Lava efusiva escorrendo do cone Pu`u `O`o do vulcão Kilauea, no Havaí
Se há muita pressão, o vulcão começará sua erupção com uma descarga explosiva de material no ar. Essa coluna eruptiva é composta de gases, cinzas e rochas piroclásticas quentes, material vulcânico em forma sólida. Há vários tipos de erupções explosivas, variando significativamente em tamanho, forma e duração.
Dentro dessas duas categorias amplas de erupção, há algumas variações. 
  • Erupções plinianas: essas erupções podem causar danos sérios às áreas próximas. A erupção que soterrou Pompéia e Herculano foi uma erupção pliniana. Elas são ocasionadas pelo magma com alta viscosidade e com conteúdo gasoso. O forte empuxo para cima dos gases expandidos, expulsa o material piroclástico em direção ao ar, a uma altura de 48 km e a centenas de metros por segundo. A erupção, que pode levar horas ou dias, produz uma alta e longapluma eruptiva. Isso faz com que um grande volume de tefra, material vulcânico não consolidado, seja derramado nas redondezas. Além disso, a erupção pliniana pode produzir um fluxo de lava que se move extremamente rápido, destruindo tudo que estiver no caminho.




Imagem cedida pela NASA
Pluma pliniana alta entrando em erupção no vulcão Klyuchevskaya, na Rússia
  • Erupções havaianas: geralmente, elas não são tão destrutivas, nem tão explosivas. Não costumam expelir muito material piroclástico no ar. Ao contrário, produzem um fluxo de lava que se move vagarosamente e com pouca viscosidade e conteúdo gasoso. Esse fluxo pode assumir duas formas distintas. A mais impressionante é a fonte de fogo, uma fonte de lava alaranjada que se precipita a centenas de metros no ar por alguns minutos (às vezes por horas). O tipo mais comum é o fluxo de lava estável que se forma no conduto central, produzindo grandes lagos de lava, poças enormes de lava que se formam nas crateras ou outras depressões. O fluxo de lava e os respingos das fontes de fogo destroem a vegetação ou as árvores ao redor, mas o fluxo é, em geral, tão lento que as pessoas têm bastante tempo para escapar com segurança. As erupções havaianas recebem esse nome porque são mais comuns nos vulcões havaianos.




Foto cortesia da USGS
Fonte de fogo em erupção no vulcão Pu'u O'o no Havaí
  • Erupções estrombolianas: essas erupções são impressionantes, mas não são perigosas. Elas expelem pequenos volumes de lava de 15 a 90 metros, em explosões bem curtas. A lava possui uma alta viscosidade, então, a pressão gasosa tem que crescer a um nível bem elevado antes que o material seja extrudado. Explosões regulares produzem sons altíssimos, mas as erupções são relativamente pequenas. Elas geralmente não produzem fluxo de lava, mas algum fluxo de lava pode acompanhar a erupção. Essas erupções produzem poucas cinzas de tefra.




Foto cortesia da USGS
Erupção estromboliana jorrando do vulcão Stromboli na costa da Itália
  • Erupções vulcanianas: assim como as erupções estrombolianas, essas erupções são caracterizadas por várias explosões pequenas. As colunas da erupção vulcaniana são maiores que as colunas estrombolianas e feitas basicamente de cinzas piroclásticas. As explosões são ocasionadas pela alta viscosidade e grande volume gasoso no magma, onde pequenas bolhas exercem pressão e extrudam material em direção ao ar. Além de cinzas de tefra, as erupções vulcanianas lançam bombas piroclásticas do tamanho aproximado de uma bola de futebol. As erupções vulcanianas normalmente não estão associadas ao fluxo de lava.






Foto cortesia da USGS
Coluna vulcaniana em erupção no vulcão Tavurvur na costa da Papua Nova Guiné
  • Erupções hidrovulcânicas: quando a erupção vulcânica ocorre perto de oceanos, nuvens saturadas ou outras áreas úmidas, a interação da água com o magma pode criar um tipo único de coluna eruptiva. Basicamente, o magma quente aquece a água de modo que esta começa a evaporar. Essa rápida mudança de estado provoca um tipo explosivo de expansão da água, que separa o material piroclástico, criando uma cinza bem fina. As erupções hidrovulcânicas variam de forma considerável: algumas são caracterizadas por explosões breves, enquanto outras criam colunas eruptivas. As erupções vulcânicas também podem derreter partes da neve, causando deslizamentos e inundações.






Foto cortesia da USGS
Erupção hidrovulcânica no vulcão Ukinrek na costa do Alasca
  • Erupções fissurais: nem todas as erupções são provocadas pela pressão dos gases. As erupções fissurais ocorrem quando o magma corre para fendas no solo e escapam para a superfície. Isso acontece freqüentemente onde o movimento das placas provocou grandes fraturas na crosta terrestre, podendo haver difusão em torno da base do vulcão com um conduto central. As erupções fissurais são caracterizadas por uma cortina de fogo, uma cortina de lava que cospe a uma altura pequena acima do solo. As erupções fissurais chegam a produzir fluxos intensos, apesar do movimento vagaroso do fluxo de lava.





Foto cortesia da USGS
Cortina de fogo de uma erupção fissural no vulcão Kilauea, no Havaí
Diferentes tipos de erupção geram diferentes tipos de vulcões ao seu redor. 
Formas e tamanhos diferentes
A maioria dos vulcões terrestres possui a mesma estrutura básica, mas a forma e o tamanho variam de maneira considerável. Esses diferentes tipos de vulcões possuem alguns elementos em comum:
  • uma cratera no cume - a boca do vulcão, onde existe lava
  • uma câmara magmática - onde a lava escorre por debaixo da terra
  • um conduto central - que conduz o magma da câmara até a cratera
O que mais varia na estrutura dos vulcões é o edifício, estrutura que envolve o conduto central. O edifício é construído pelo material vulcânico expelido pelo vulcão em erupção. Conseqüentemente, a composição, a forma e a estrutura são todas determinadas pela natureza do material vulcânico e da erupção. Veja abaixo os três principais formatos de vulcão.
  • Estratovulcões: esses são o tipo mais conhecido e geralmente têm as maiores histórias de destruição causada pelas erupções. Eles são caracterizados por um grande edifício simétrico que se inclina próximo a uma pequena cratera no cume da montanha. São normalmente construídos pelas erupções plinianas que lançam uma grande quantidade de material piroclástico. À medida que a lava, as cinzas e outros materiais são expelidos, o edifício é rapidamente construído ao redor do conduto. Eles raramente entram em erupção (um intervalo de centenas de anos) e, em geral, são formados em zonas de subducção.






Foto cortesia da USFWS
Vulcão Kanaga, estratovulcão no Alasca
  • Cones de escórias: esses cones relativamente pequenos são o tipo de vulcão mais comum. Eles são caracterizados por declives acentuados em ambos os lados do edifício que conduzem a uma cratera bem larga no topo. O edifício é composto de cinzas de tefra quase sempre expelidas pelas erupções estrombolianas. Ao contrário dos estratovulcões, os cones de escórias possuem apenas um evento eruptivo.




Foto cortesia da USGS
Cratera Sunset, cone de escória no Arizona
  • Vulcões-escudo: esses vulcões largos e pequenos aparecem quando a lava com baixa viscosidade jorra com explosões mínimas, como as erupções havaianas. A lava se dispersa por uma superfície bem ampla, às vezes com quilômetros de diâmetro, construindo um domo na forma de escudo. Próximo ao cume, o edifício fica um pouco íngreme, proporcionando ao vulcão um centro ligeiramente mais elevado. Muitos vulcões-escudo entram em erupção com bastante freqüência (normalmente poucos anos).




Foto cortesia da USGS
Mauna Loa, vulcão-escudo no Havaí
A atividade vulcânica pode produzir outras estruturas interessantes como ascaldeiras e os domos de lava. As caldeiras, grande crateras em forma de bacias, são formadas quando as erupções drenam a câmara magmática e o edifício vulcânico desaba em um local vazio. Normalmente, a água enche esse espaço, criando lagos arredondados, tais como o Crater Lake no Oregon. Os domos de lava são formados quando a maior parte das vesículas de gás escapam durante a erupção inicial e a lava viscosa reminiscente não faz a pressão necessária para sair, de modo que ela flui muito devagar pelo cume da cratera. Isso cria um domo preso ao topo do vulcão, que pode crescer ao longo do tempo.




Foto cortesia da USGS
A caldeira do vulcão Kaguyak no Alasca possui 2,5 km de diâmetro
Há um número muito grande de vulcões na Terra: mais de 500 vulcões no mundo estão ativos, aproximadamente o mesmo número de vulcões estão adormecidos e muitos foram considerados extintos. Essas determinações são muitas vezes baseadas em interpretações subjetivas e padrões um tanto arbitrários. O critério tradicional para a determinação é a data da última erupção. Se esta estiver dentro do período em que as pessoas vêm registrando a história, o vulcão é considerado ativo. Se a última erupção ocorreu antes dos tempos históricos, mas dentro de 10.000 anos, então o vulcão é considerado "adormecido", pois é provável que ele ainda tenha a capacidade de entrar em erupção novamente. Os vulcões que não entram em erupção por mais de 10.000 anos são considerados extintos, pois dificilmente eles entrarão em erupção de novo.













Foto cortesia da USGS
Erupção do vulcão Redoubt no Alasca, ocorrida em 1990
Certamente, essa é uma definição imprecisa por um motivo: "tempos históricos" é um conceito muito vago e varia de cultura para cultura. Além disso, diferentes tipos de vulcões entram em erupção a uma freqüência variável. Hoje, os cientistas usam um critério mais lógico, ainda que baseado em uma avaliação subjetiva. Se o vulcão está em erupção ou demonstra atividade na forma de terremotos ou emissões gasosas, ele é considerado ativo. Se o vulcão não demonstra nenhum sinal de atividade, mas entrou em erupção há menos de 10.000 anos e tem potencial para entrar em erupção outra vez, ele é considerado adormecido. Se não entrou em erupção em 10.000 anos ou não há mais produção de magma, o vulcão é considerado extinto.
Dos 500 ou mais vulcões em atividade, cerca de 10 entram em erupção em uma determinada data. Em sua maioria, as erupções são pequenas e bastante contidas, de modo que não oferecem nenhum perigo à vida. De tempos em tempos, entretanto, ocorre uma erupção maior que destrói vidas ou, com maior freqüência, devasta propriedades. Embora não sejam tão catastróficos quanto as erupções que ameaçam vidas, esses eventos destrutivos certamente provocam um grande prejuízo financeiro às vítimas.
Embora seja destrutiva, a atividade vulcânica é um dos processos de construção geológica mais importantes da Terra. Afinal, conforme vimos ao analisar as placas tectônicas, os vulcões estão constantemente reconstruindo o assoalho oceânico. Assim como a maioria das forças naturais, os vulcões possuem uma natureza dual. Eles podem causar uma terrível devastação, mas também são um elemento crucial na contínua regeneração da Terra. Eles, com certeza, são um dos fenômenos mais impressionantes do planeta.

Uma cidade no vulcão!
Poços de Caldas é uma cidade que está em Minas Gerais e está construída em cima de um vulcão inativo.Leia mais sobre:

Em 1818, o governador da capitania de Minas Gerais escreveu à D. João VI, louvando as virtudes das águas de uma certa localidade, que haviam aliviado seus males e dores.
A cidade de Poços de Caldas foi fundada em 06/11/1872 por doação concedida pelo Major Joaquim Bernardes da Costa Junqueira. Situa-se na Serra da Mantiqueira, atualmente é a maior cidade do Sul de Minas Gerais. Era uma localidade onde estavam habitados os índios Cataguases que foram expulsos pelas "Bandeiras Unidas Paulistas" liderados pelo bandeirante Lourenço Castanho, durante a "Febre do Ouro". Foi denominado Freguesia de Nossa Senhora da Saúde das Águas de Caldas. Em 1874 virou distrito e passou a ser chamada Nossa Senhora da Saúde de Caldas, pertencente à região de Caldas. Em 18/09/1875 foi elevada à categoria de cidade. Em 1888 época da instalação da Comarca de Poços de Caldas, ela se emancipou politicamente. A descoberta de fontes de águas termais e seu uso terapêutico, utilizadas já anteriormente pelos indígenas, proporcionou fama à cidade que passou a ser frequentada por personalidades importantes. O nome da cidade tem relação portuguesa, visto que elas foram comparadas às "Águas de Caldas" da rainha de Portugal, o que trouxe posteriormente a denominação Poços de Caldas. Foi a primeira estância termal da América Latina.
Em 22/10/1888 foi visitada pelo Imperador Dom Pedro II e a Imperatriz Dona Leopoldina, para inauguração do ramal da Estrada de Ferro Mogyana - atual FEPASA. Estavam acompanhados ainda do Desembargador Francisco de Faria Lemos, ministros e senadores. Ficaram dois dias no então povoado que já contava com cerca de cem moradias. Foram convidados para uma festividade, provavelmente um encontro social. Ao chegar ao local chovia muito e entre a carruagem e o portão de entrada havia muita lama. Um senhor chamado Manoel Teixeira Diniz, imediatamente forrou o chão com sua capa para que D. Pedro II e Dona Leopoldina não sujassem seus sapatos. Este gesto agradou ao Imperador e rendeu-lhe o título de Barão do Campo místico, o último título honorífico concedido por D. Pedro II e o nome de uma das ruas centrais da cidade. 
Outro visitante ilustre do Brasil colônia foi Alberto Santos Dumont por ocasião do seu primo Marçal Santos residente do local.
Poços de Caldas também é conhecida internacionamente como a "Cidade das Rosas", se constitui no sexto parque hoteleiro do país e o segundo do seu Estado.
Suas águas além de termais, possuem propriedades como sua natureza radioativa e em outras natureza ferruginosa.
Aos moradores da cidade, a condição em que se encontra e o formato de uma aparente imensa cratera vulcânica, passaria apenas como uma lenda.
Esta cidade está circundada por montanhas e fotos por satélite a apresentam como uma imensa cratera realmente, com diâmetro de 30 km e aproximadamente 800 km2.
Resk Frayha, ex-prefeito da cidade, é engenheiro e define a situação como de "origem vulcânica", uma vez que há cerca de 80 milhões de anos teria havido uma intrusão de rochas alcalinas e a elevação em forma de planalto em cerca de 500 m de altitude. As rochas ao se resfriarem teriam conferido o assentamento do solo formando um imenso planalto entre as montanhas.
Frayha defende ainda a tese de que vestígios de lava vulcânica só são observados na parte interna do planalto e não exteriormente. O geólogo Hélio Scalvi ainda define que crateras como esta podem ser interpretadas como "caldeira". "Por muito tempo se acreditou que as caldeiras fossem bocas de grandes vulcões, originadas de extraordinárias explosões. Hoje, este conceito caiu e define-se a região como de origem vulcânica", explica.
No entanto, vale atentar para o quadro geológico que se apresenta nos Estados de São Paulo e Paraná. Estes dois Estados contam com um solo ricamente abastecido por material vulcânico o que confere às suas características a cor "avermelhada". Municípios são denominados "Terra Roxa", ou "Terra Rica", no Estado do Paraná em virtude da consistência do seu solo. Este cenário foi obtido sim, com uma imensa erupção vulcânica que teve longa duração e fez com que sua lava escorresse por estas regiões até o Sudoeste do Estado do Paraná.
Portanto, a cidade de Poços de Caldas está sim, situada na boca de uma imensa cratera vulcânica, que pela atividade extremamente prolongada, não seria de se desacreditar que esteja realmente extinto.
A região tornou-se estável há cerca de 60 milhões de anos, mas ainda conferiu diversas manifestações vulcânicas na forma de pequenos vulcões no interior do planalto.
Estudos geológicos confirmaram a forma de pelo menos 13 estruturas circulares que denunciam a presença vulcânica.
É exatamente esta atividade que confere as propriedades sulfurosas, riquezas minerais, alcalinidade, águas ferruginosas e radioativas para suas fontes. O Complexo Alcalino de Poços de Caldas é um dos mais notáveis do mundo e o único em sua estrutura.


Fonte do texto acima: http://pt.shvoong.com/exact-sciences/earth-sciences/504632-boca-vulc%C3%A3o-em-po%C3%A7os-caldas/#ixzz1nmjVyGZV
 


Vulcão Etna
O vulcão Etna é um vulcão ativo localizado na Sicília(Itália).É o mais alto da Europa e uns dos mais altos do mundo inteiro.É também um dos vulcões mais ativos do mundo e constantemente está em erupção.Normalmente são erupções intensas e oferecem risco para moradores próximos.Veja um vídeo que mostra Etna cuspindo grande quantidade de lava em 2012.







Terremotos:

Até muito recentemente, os cientistas tinham apenas suposições sobre o que realmente causava os terremotos. Mesmo hoje, ainda há uma certa dose de mistério que os rodeia, mas os cientistas já têm um entendimento muito mais claro do fenômeno.
Houve um enorme progresso no século passado: os cientistas identificaram as forças que causam os terremotos e desenvolveram uma tecnologia que nos informa a magnitude e a origem de um terremoto. O próximo passo é encontrar uma forma de prever os terremotos, para que eles não peguem as pessoas de surpresa.
Nesta matéria, descobriremos o que causa os terremotos e porque eles têm um efeito tão devastador.
Uma parte da Interstate 880 em Oakland, Califórnia, danificada por um terremoto de 7.1 graus de magnitude




Imagem cedida por USGS
Uma parte da Interstate 880 em Oakland, Califórnia, danificada por um terremoto de 7.1 graus de magnitude que abalou a região de São Francisco em 1989












O Brasil é imune a terremotos?


Embora esteja localizado sobre o centro de uma placa tectônica, o Brasil não é imune a terremotos de grande magnitude, de acordo com o Observatório de Simologia da Universidade de Brasília (Obsis).

O mais recente deles, e o primeiro a registrar mortes, ocorreu na madrugada do dia 09 de de dezembro de 2007, em Itacarambi, Minas Gerais. O abalo, de 4,9 pontos na escala Richter, causou a morte de uma menina de 5 anos e deixou mais de 70 famílias desabrigadas.

Veja lista dos maiores terremotos ocorridos em solo brasileiro:
  • São Paulo, 1922 – 5.1 pontos na escala Richter
  • Espírito Santo, 1955 – 6.3 pontos na escala Richter
  • Mato Grosso, 1955 – 6.6 pontos na escala Richter
  • Ceará, 1980 – 5.2 pontos na escala Richter
  • Amazonas, 1983 – 5.5 pontos na escala Richter
  • Rio Grande do Norte, 1986 – 5.1 pontos na escala Richter
  • Minas Gerais, 2007 – 4.9 pontos na escala Richter

O chão treme
O terremoto é uma vibração que se movimenta pela crosta terrestre. Tecnicamente, um caminhão grande que faz um estrondo pela rua, causa um mini-terremoto se você sente a sua casa tremer quando ele passa, mas os terremotos são eventos que afetam uma área relativamente grande, como uma cidade inteira. Vários fatores podem causar terremotos:
  • erupções vulcânicas
  • impactos de meteoros
  • explosões subterrâneas (um teste nuclear subterrâneo, por exemplo)
  • estruturas que desmoronam (como uma mina)
Mas a maioria dos terremotos que ocorre naturalmente é causado pelos movimentos das placas terrestres, como veremos na próxima sessão.
Ouvimos falar sobre terremotos nos noticiários apenas de vez em quando, mas na verdade eles ocorrem todos os dias no nosso planeta. De acordo com a pesquisa da United States Geological (em inglês), mais de três milhões de terremotos ocorrem todos os anos, o que soma 8 mil por dia ou um a cada 11 segundos.
estragos causados por um terremoto em uma residência




Imagem cedida por FEMA
Estragos causados pelo terremoto de 1994 em uma residência, em Northridge, Califórnia
A vasta maioria destes 3 milhões de tremores é extremamente fraco. A lei das probabilidades também faz com que um bom número dos tremores mais fortes aconteça em lugares não habitados, onde ninguém os sente. São os grandes terremotos, que ocorrem em áreas muito populosas, que nos chamam a atenção.
Os terremotos causaram muitos danos às terras ao longo dos anos e tiraram muitas vidas. Nos últimos cem anos, houve mais de 1,5 milhões de fatalidades relacionadas aos terremotos. Geralmente, não é o tremor de terra em si que mata, é a destruição de estruturas feitas pelo homem e outros desastres naturais conseqüentes dos terremotos, tais como os tsunamis, as avalanches e os deslizamentos de terra.
danos em uma residência causados por terremoto, em Prince William Sound, Alasca




Imagem cedida por NGDC
Destruição em uma área residencial de Prince William Sound, Alasca, devido à liquefação causada por um terremoto de 9.2 graus de magnitude, em 1964



Placas deslizantes
A maior descoberta científica na história dasismologia, o estudo dos terremotos, chegou na metade do século XX, com o desenvolvimento da teoria das placas tectônicas. Os cientistas propuseram a idéia das placas tectônicas para explicar uma série de fenômenos peculiares na terra, tais como o movimento aparente dos continentes ao longo do tempo, as regiões de atividade vulcânica e a presença de enormes sulcos no fundo do oceano.
A teoria básica é que a camada superficial da terra, a litosfera, é formada por muitasplacas que deslizam sobre uma zona do manto externo, a astenosfera. Nos limites entre estas placas enormes de solo e pedra, três coisas diferentes podem acontecer.
  • As placas podem se deslocar para lados diferentes - se duas placas estão se separando uma da outra, rochas quentes derretidas fluem das camadas do manto abaixo da litosfera. Este magma sobe para a superfície (do fundo do oceano), onde é chamado de lava. Quando a lava se esfria, ela endurece e forma novo material de litosfera, preenchendo a fenda. Isto se chamalimite de placa divergente.
  • As placas podem colidir - se duas placas se movimentam uma em direção à outra, uma placa geralmente desliza para baixo da outra. A placa que submerge, afunda nas camadas mais baixas do manto, onde derrete. Em alguns limites onde duas placas se encontram, nenhuma placa está em posição para submergir, portanto ambas se empurram uma contra a outra para formar montanhas. As linhas onde as placas se empurram uma contra a outra são chamadas de limites de placas convergentes.
  • As placas deslizam uma contra a outra - em outros limites, as placas simplesmente deslizam em direções opostas. Ao mesmo tempo que as placas não se encontram diretamente uma contra a outra nestes limites de transformação, elas são empurradas bem próximo uma da outra. Uma grande quantidade de tensão se forma nos limites.

Onde estas placas se encontram, você vai encontrar falhas, que são fissuras na crosta terrestre, onde os blocos de rochas se movimentam em direções diferentes. Os terremotos são muito mais comuns ao longo das linhas de falhas do que em qualquer outro lugar do planeta.

Uma das falhas mais conhecidas é a falha de San Andreas, na Califórnia. Ele marca o limite entre a placa do oceano Pacífico e a do continente norte-americano e se estende ao longo de 1.050 km de terra.


Provocando Ondas
Quando uma fissura ou mudança repentina ocorre na crosta terrestre, a energia irradia para fora como ondas sísmicas, assim como a energia da perturbação de um corpo na água irradia em forma de onda. Em cada terremoto, existem vários tipos diferentes de ondas sísmicas.
Danos estruturais causados por um terremoto no Alasca




Imagem cedida por USGS
Danos estruturais causados pelas vibrações do
terremoto de 1964, no Alasca
Ondas de corpo se movimentam pela parte interna da terra, enquanto asondas de superfície percorrem sua parte extrema. As ondas de superfície, às vezes chamadas de ondas longas, ou simplesmente ondas L, são responsáveis pela maior parte dos danos associados aos terremotos, porque causam as vibrações mais intensas. Originam-se das ondas de corpo que alcançam a superfície.
Existem dois tipos principais de ondas de corpo.
  • Ondas primárias, também chamadas de ondas P ou ondas compressionais, percorrem de 1,6 a 8 km por segundo, dependendo do material por onde estão se movimentando. Esta velocidade é maior do que a velocidade de outras ondas, portanto as ondas P chegam primeiro em qualquer tipo de superfície. Elas percorrem sólidos, líquidos e gases e vão passar completamente pelo corpo da terra. Assim que percorrem as rochas, as ondas movimentam pequenas partículas, separando-as e depois juntando-as novamente, alinhadas com a direção do movimento da onda. Estas ondas chegam na superfície como um golpe abrupto.
  • Ondas secundárias, também chamadas de ondas S ou ondas transversais, ficam um pouco atrás das ondas P. À medida que estas ondas se movimentam, elas deslocam partículas de rocha para fora, empurrando-as no sentido perpendicular a seu percurso. Isto resulta no primeiro período de revolução associado aos terremotos. Ao contrário das ondas P, as ondas S não se movimentam direto pela terra. Elas atravessam apenas os materiais em estado sólido e param na camada líquida no centro da terra.
Ambos os tipos de ondas de corpo viajam ao redor da terra e podem ser detectadas do lado oposto do planeta, a partir do ponto onde o terremoto começou. A qualquer momento, ocorre um número de ondas sísmicas muito leves que se movimentam em torno do planeta.
Ondas de superfície são como as ondas em um corpo de água, elas movimentam a superfície da terra. Isto geralmente causa o pior estrago, porque o movimento das ondas mexe com as fundações de estruturas feitas pelo homem. As ondas L são as que movimentam-se mais devagar, portanto, o tremor mais intenso geralmente vem no final de um terremoto.

Localizando a Origem 
Vimos na última sessão que existem três tipos diferentes de ondas sísmicas e que estas ondas se movimentam em velocidades diferentes. Como a velocidade exata das ondas P e S varia de acordo com composição do material que elas percorrem, a média entre as velocidades das duas ondas irá permanecer relativamente constante em qualquer terremoto. As ondas P geralmente viajam 1,7 vezes mais rápido do que as ondas S.
Usando esta média, os cientistas podem calcular a distância entre qualquer ponto na superfície da terra e o foco de um terremoto - o ponto de fissura onde as vibrações se originaram. Eles fazem isto com um sismógrafo, máquina que registra as diferentes ondas. Para descobrir a distância entre o sismógrafo e o foco, os cientistas também precisam saber a hora em que as vibrações chegaram. Com esta informação, eles observam quanto tempo passou entre a chegada de ambas as ondas e verificam uma tabela especial para saber a distância que as ondas percorreram, com base neste intervalo.
Ao juntar estas informações de três ou mais pontos, pode-se descobrir o local do foco através do processo de trilateração. Basicamente, desenha-se uma esfera imaginária em volta de cada localização sismográfica, com o ponto de medida como o centro e a distância (vamos chamá-la de X) a partir deste ponto até o foco como o raio. A superfície do círculo descreve todos os pontos que estão a X quilômetros de distância do sismógrafo. O foco tem que estar em algum lugar ao longo desta esfera. Se surgirem duas esferas, baseadas nas evidências de dois sismógrafos diferentes, obtêm-se um círculo bi-dimensional, onde elas se encontram. Já que o foco tem que estar dentro da superfície das duas esferas, todos os pontos de foco possíveis estão situados no círculo formado pela intersecção destas duas esferas. Uma terceira esfera vai interceptar este círculo apenas duas vezes, dando-lhe dois possíveis pontos de foco. E como o centro de cada esfera está na superfície da terra, um destes possíveis pontos estará no ar, restando apenas um local de foco lógico.
Uma cerca deslocada devido a um terremoto de falha transcorrente em São Francisco

Imagem cedida por USGS
Uma cerca deslocada devido ao terremoto de 1906, em São Francisco
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