Os Estados Unidos inauguraram em 1981 uma nova era na exploração espacial com a primeira viagem de ônibus espacial.Em 25 anos,o programa coleciona feitos,fracassos e tragédias.
O lançamento da Columbia,em 12 de abril de 1981,representou uma nova etapa nas viagens tripuladas ao espaço.O veículo,que executou 13 voltas ao redor da Terra,inaugurava a era dos ônibus espaciais.
Na época,imaginou-se que,entre outras vantagens,o programa norte-americano representaria economia nas viagens para órbita terrestre.Afinal,o principal diferencial de um ônibus espacial em relação às tradicionais espaçonaves é que ele é um veículo reutilizável,capaz de realizar em torno de 80 missões.
O ônibus espacial decola como um foguete,orbita como uma espaçonave e realiza a viagem de volta como um avião convencional.Sua capacidade é de 10 lugares-7 tripulantes e outros 3 passageiros,que podem ser astronautas de estações espaciais.Além disso,possui um compartimento de cargas para transporte de equipamentos-de satélites a artefatos de pesquisa espacial.O telescópio Hubble,por exemplo,foi posto em órbita por um ônibus espacial.
Em geral ônibus espaciais são veículos parcialmente utilizados pela NASA como veículo lançador e nave para missões tripuladas.
Passados pouco mais de 25 anos desde a sua concepção,constatou-se que o custo benefício não era o imaginado por dois motivos.Primeiro porque é mais econômico colocar satélites em órbita utilizando foguetes convencionais.Segundo porque nem sempre é preciso a presença de astronautas em determinadas missões na órbita da Terra.
Três Partes
De modo geral,pode-se dividir um ônibus espacial em três compartimentos:o veículo,com três propulsores principais;o tanque externo,que armazena o combustível líquido e o gás comburente;e dois propulsores de lançamento,ligados ao tanque.Os motores são colocados um do lado do outro,em vez de estarem empilhados como os do foguete.
Veja um vídeo mostrando o lançamento de um ônibus espacial
Os cinco veículos
Desde a sua inauguração,o programa de ônibus espacial da Nasa teve cinco veículos-dois deles foram destruídos em acidentes.
Columbia
Após o voo inaugural,em 1981,realizou mais 27 missões.Em fevereiro de 2003,a nave desintegrou-se na reentrada da atmosfera,matando os sete tripulantes.
Challenger
Lançada em 1983,explodiu em janeiro de 1986,logo após o lançamento.Os sete tripulantes morreram e o programa espacial foi suspenso por mais de dois anos.
Discovery
Um de seus maiores feitos foi ter colocado em órbita o telescópio Hubble,em abril de 1990 e a sonda Ulysses,em outubro do mesmo ano.
Atlantis
Seu voo inaugural em 3 de outubro de 1985.Entre suas missões está o lançamento da Sonda Galileo para a exploração de Júpiter,em outubro de 1989.Sua despedida aconteceu no ano de 2011,por decisão da NASA ela se aposentou(Veja a matéria em baixo)
Lançamento
O lançamento feito da mesma maneira que os foguetes: numa plataforma móvel, com o veículo na posição vertical preso ao tanque de combustível líquido central (hidrogênio e oxigênio líquidos ), que por sua vez é preso aos dois foguetes laterais. No momento do lançamento, os sistemas de propulsão do veículo exercem um impulso de aproximadamente 30.800.000 Newton. A maioria da "fumaça" liberada no lançamento, é na verdade vapor d'água, uma vez que sob a base do foguete, existe um grande volume de água, como uma piscina que é responsável pela absorção do calor na plataforma, água esta que se evapora rapidamente durante o lançamento, dando a impressão de ser fumaça. Este valor de 30.800.000 newtons equivale a soma do impulso de decolagem de 30 aviões do modelo Jumbo/Boeing 747. Quando o ônibus espacial atinge 45km de altitude, os 2 foguetes propulsores se separam do tanque principal central cor laranja e retornam por para-quedas até atingir o mar, onde são recolhidos por navios da marinha americana para reaproveitamento, após total revisão . A trajetória de retorno programado dos 2 foguetes propursores se dá primeiramente com a abertura de um para-quedas menor para perda de velocidade e preparo para em seguida e próximo ao mar, realizar a abertura de mais 3 para-quedas para cada foguete, pousando verticalmente ao mar com relativa suavidade para em seguida serem recuperados por navios que os rebocam de volta à base através de longos cabos (curiosamente os foquetes não são içados ao convés, mas rebocados até o porto ) . Já o tanque central - elemento cor laranja de pouco mais de 700 toneladas, ao chegar a 110km da superfície, quando o combustível deste se esgota, este tanque externo, separa-se da nave, sendo descartado - portanto ele é o único elemento que não é reutilizável em cada missão, pois destrói-se completamente na operação de reentrada na atmosfera, sendo necessário a construção de um novo tanque para cada lançamento do ônibus, já que a estrutura toda deste tanque acaba se desintegrando ao reentrar na atmosfera. Um dado notável é leveza deste tanque, apesar das quase 700 toneladas, este pode ser considerado leve pois tem uma espessura de parede menor do que 2 centímetros! Sendo feito em alumínio, com soldas robóticas de altíssima precisão, já que as cargas à que é submetido são imensas, o tanque foi alvo de muita pesquisa pela NASA, visando a redução de seu peso, para as máximas eficiência e economia no lançamento.
Peso comparativo do Ônibus Espacial : 99 toneladas em média (variando conforme modelo, sendo o Endeavour mais leve )- peso considerado durante o retorno (sem tanque e sem os 2 foguetes). Do original, escrito por Fernando Butinholle ; ex-aluno do IGCE (instituto de Geociências e Ciências Exatas), Unesp Rio Claro(SP), Brasil, 1994.
EM DESTAQUE:
A despedida da Atlantis
Veja o vídeo em que mostra o momento da chegada da Atlantis à Estação Espacial.
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