O cometa Ison veio da Nuvem de Oort, uma região gelada, misteriosa e remota nos limites do nosso Sistema Solar. O cometa vem avançando em direção ao Sol a mais de um milhão de quilômetros por hora e agora está entrando na fase mais perigosa de sua jornada.
Nesta quinta feira, 28 de setembro, o cometa Ison ficou cerca de 1,2 milhão de quilômetros do Sol, por volta das 16h37, horário de Brasília.
"Eu realmente duvido que ele será o tipo de objeto que apareça de uma forma espetacular no céu noturno de madrugada, pouco antes do amanhecer", diz Massey. "É muito mais provável, sendo otimista, que ele seja visível, a olho nu ou com um binóculo, com sua cabeça e uma bela cauda."
Ison teria sobrevivido parcialmente ao periélio?
O twitter oficial da Agência Espacial Europeia (ESA) afirma que imagens indicam que parte do cometa Ison, que chegou a ser chamado de "cometa do século", pode ter sobrevivido ao encontro com o Sol. A agência, contudo, afirma que apenas a cauda do cometa pode ser vista, e não o núcleo, que pode ter sido destruído na aproximação com a estrela.
Amy Mainzer, cientista do Laboratório de Propulsão a Jato, também da Nasa, afirma que registros da sonda Soho indicam que talvez tenham sobrado algo da pedra de gelo. Mas nada do espetáculo que era esperado pelos astrônomos, talvez apenas um pouco de gás e destroços que podem se dissipar rapidamente.
"Não vejo nenhum sinal do cometa vindo de volta do Sol nas data da (sonda) Soho agora. Estou pronto para dizer isso. Ison é um ex-cometa", diz o astrônomo Phil Plait, do blog Bad Astronomer.
"Não conseguimos ver o cometa Ison", afirma o twitter da equipe de outra sonda da Nasa que observa o Sol, a SDO. "Talvez o Ison tenha chegado perto demais do Sol", diz a conta oficial da agência espacial.
O Ison está cada vez com menos brilho, e os cientistas não sabem ao certo o que será deste cometa. Veja a notícia, clicando aqui.